segunda-feira, 17 de maio de 2010


SENTIMENTO OCULTO

Tão oculta anda a minha cabeça
Não sou alegria, e nem sou tristeza.
Deverá Deus ter me esquecido
Neste tempo sem me clarear a lua,
Nestas noites, que não perpetua,
Em redor de mim o amor antigo?

Não tenho a sentir qualquer sabor
Ou qualquer frio, ou qualquer calor.
Será eu um funesto esfaimado
Pelo dom da vida, que me é de amar,
Que ao coração têm-me a perdurar,
E assim, nem sou um amargurado?

Ah, quem me dera saber o segredo,
Do tudo e nada, a ocultar o medo,
Sem fazer a mim qualquer pecado!

(Poeta Dolandmay)

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