domingo, 4 de junho de 2017


O velho Poeta


Depois que me deste o entendimento, mudo,
Sem se quer mover a tua boca
P’ra escrever o febril poema, da musa-louca,
Oh, Poeta, tanto me fez sonhar de tudo!

Ansiedade absoluta! De sol e de luar, contudo,
Estranha no meu peito, essa voz rouca
Que gritas ao mundo: rosa-viva, alma-mouca;
Ruiu ao nada, — amor sem conteúdo!

E cantas, o desejo da paixão tristonha
Aos meus ouvidos, sem quer um carinho solto
De fragrância, me deixando a ermo...

E no silencioso mito que por vozes sonha
Vagueando à noite, reprimido e morto;
À poesia, já rústicas as velhas mãos eu tremo.

(Dolandmay Walter)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017


Extenuação


Nas horas certas, o dinheiro e o poder
não podem atrasar um segundo.

(Dolandmay Walter)