domingo, 13 de setembro de 2009


Tempo de escuridão

Deste dia, que me deste tanto amor
Guardo a lembrança tanta alegria...
Daquele tempo que me fizeste calor
Conservo da louca paixão a fantasia.

Deste dia que aqui se faz frio, a dor
Tenho no peito, petrificada a magia...
Quem sabe um dia volta o esplendor;
Quem sabe volta, a mim, a poesia!...

Momentos da noite que toca o sino...
Na capela do alto um amor franzino,
Encobre-me, um mantéu esquecido.

Instantes de trevas que me devora...
Fazendo-me cruel ao findar da aurora,
Uma alma, de um amor adormecido.

(Poeta- Dolandmay)

Páginas da Vida

Será que um dia serei eu saudade?...
Será que um dia... Oh minha vida,
Serei eu honrado em despedida...
Por um momento em vão verdade?

Sem que seja eu uma adversidade
Do oposto ideal em luz fundida?...
Sem que o meu amor não se despida
Duma existência difusa em maldade?

Que se lembrem por tudo que tenho...
Não apenas da foto ou um desenho,
Mas da minh’alma e do meu coração!

Que se lembrem no peito o meu amor,
Das páginas da vida o esplendor...
Que eu não seja apenas uma ilusão!

(Poeta- Dolandmay)

Poética inspiração - Primavera
(O Alento)

Das noites frias e de ventos fortes
Vem surgindo à vida, deixa as mortes
O bálsamo do tempo cheirando flor.

Folhagens secas caídas ao chão...
A dor do ser por um tempo é ilusão
Os Poetas espremem, no peito, a dor.

Cantam a vida que vem surgindo...
Ao clarear do sol – o amor vem vindo
Quase em brasa, lenitivo de sorte.

São chamas, são deuses erguidos
Que das tuas noites são, zumbis caídos
E das primaveras, são norte.

(Poeta- Dolandmay)

Instante de treva

Não sei quem sou!... Não sei!
Tudo me evade da cabeça...
Tudo é breu; em nada sonhei...
Por um instante a luz me deixa!

Nada ouço, em mim falhei!...
Entre pálidas ruínas de queixa,
Nos momentos, que julguei!...
Astro Criador! Não me esqueça!

Que seja breve as tuas trevas,
Que a noite vil, daqui tu levas...
Que volte a vida meu esplendor!

Que meu triunfo volte à chama!
Que o sonho, em luz derrama...
Que não esqueças o meu Amor!

(Poeta- Dolandmay)

terça-feira, 8 de setembro de 2009


O Amor

Tu me enfeitas a vida; o amor
Que dela cuida apaixonado.
Tem enganos, solidão e dor
Tem tanto peito machucado.
Mas a todos os princípios
Teus sentimentos são puros,
Até mesmo os obscuros
Que sentem nos silêncios
Das noites sombrias da alma.
E tristes são seus prantos
Sem a melodia dos cantos
Dos anjos do céu sem calma.
(Luzir tranquilo, não engane!)
Inquieto, parece-me falar:
Ame tanto, por tanto ame;
Que sempre estou a Amar!

(Poeta- Dolandmay)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Audaz Resumo

De tudo que me deste nesta vida...
Tanta ternura, encantos e fantasia,
Um tanto de paz e sabedoria...
Cintila, em mim, a luz fundida!

De tudo que me deste com magia...
Tanta paixão, crápula incandescida,
Um tanto de desejo, não só orgia...
Parece-me o sol, a chama erguida!

De tudo que me deste, o precioso...
Resume na minha vida o que tenho!
O afeto idolatrado, o mais formoso...

Sim, o amor! Que do peito cuida!
Que é do coração o audaz empenho,
E das substancias, o que têm vida!...

(Poeta- Dolandmay)