quarta-feira, 26 de setembro de 2012



Isaías 53:5
Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões
e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele,
e pelas suas pisaduras fomos sarados.



Jesus

“Eis que sou o quem nada humilha,
O quem de tristeza sorri, se faz perdão;
De amarguras complexas ao coração;
O quem a Deus os envolve, maravilha.

O quem de luz os faz findar a guilha,
Quem de torturas nada sofre em vão;
Que de pecados, sem cair ao chão,
Os eleva, os aquece, e o caminho os trilha.

Sou aquele que na estrada sã da coragem
Os santifica, numa única e santa imagem,
Quem de sangue os deslumbrou na cruz!

Sou aquele que de esperança os corteja,
Quem da fé ao Espírito-Santo os almeja
Aos meus braços no santo-dia: sou Jesus!”

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 21 de setembro de 2012



Outrem

Por tudo que vivi, na elação dos meus dias,
Despi as eras da eloquência, em paixão,
E os meus consequentes ao coração,
Os dissolvi como encantos de fantasias...

Que, num reino condenado por magias,
Sem que pudesse em realidade, em extensão,
Os meus sonhos imprecados sem razão,
Detrás aos pecados se perderam, em euforias...

Que vivo e revivo aos devaneios, que igual,
Um ser d’outras eras, num ponderal
Emanou-se em minha vida falsidade...

Que encantos meus? Que tal encantos
Haverá d’eu viver... d’eu viver aos cantos
Se aos orgulhos conjugados sou inverdade?!

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Foto: Lee-Jeffries


Mendigo

Posso ser o que me quiserem ser;
Amor... Tortura... Astro pungente!
Aos versos, um grito incoerente,
Ou um tolo mendigo ao se merecer...

Belos segredos d’um vil viver,
Hás em meu peito para toda a gente...
Hás amarguras; dor do que sente,
A minh’alma em vos compreender!

Pregado a cruz de minha estrada,
Podem me ver como luz de alvorada,
Ou como ocaso d’um são pecador!

Posso ser sol, trevas, mutável deserto,
Ser porta fechada, ou lírio aberto
Sob as esmolas d’um só pouco amor!

(Poeta Dolandmay)