terça-feira, 22 de março de 2011


FÁBULA

Visto-me com os trapos do amor,
Devassando-me com a louca paixão
Dos amores que ferem sem pudor,
Sem pensar no meu pobre coração...

Eu quis ter um amor que não era meu!
Para que, assim, fosse embora a solidão...
Fantasia d’um doido que, então, morreu,
Como essência esparramada pelo chão!

Mas, eu hei-de ter o afeto verdadeiro,
Terno, doce, meigo, assim sisudo...
Que seja o último, porém, o primeiro!

E conhecer um dia o seu conteúdo,
Lhano, amável, leal, assim inteiro...
Sincero! E que me ame mais que tudo!

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 17 de março de 2011


A VIDA

Fazer a vida viver tão livre...
Como é bom viver de esperanças...
Viver dentro de um coração
Como as almas divinas do além...

Partem a este mundo tão soltas...
Procuram infantes lembranças,
Vão livres ao tempo vagando
A brincar de encontrar um alguém...

Que esteja a nossa porta aberta...
Que entrem em nosso peito sonhando...
Dentro do coração que nos resiste
As mantas sagradas do céu...

Como é bom fazer do passado
Um presente futuro pra amar...
Pois assim, seguiremos acreditando
O afeto que um tanto deixamos
Se perder tão vil; o Amor!

Que todos vivam para sempre...
Como é bom acreditar no eterno...
Acreditar que, um dia, viveremos
Os sonhos, no todo infinito esplendor.

(Poeta Dolandmay)


FACULDADE

A fé é o poder invisível que nos fortifica o espírito
e nos alimenta em DEUS!

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 11 de março de 2011


CONSUMAÇÃO

Neste momento de pesar
Torna-se mudo os meus sentidos,
Não há nada por pensar,
Não há nada o que eu possa ser,
Não há nada por dizer
Aos meus próprios ouvidos.

Lamentações me cercam,
Angústias me prendem a este mundo
Incompleto de justiças, e de amor.

A todo o momento
Eu busco me reencontrar,
Mas apenas são lamentos
O que eu ouço pelo ar...

Um ar execrável, e de dor.
Não vejo vida, não vejo esplendor
Que possa dizimar o perecer
Da minha esperança,
Da minha promessa eterna
E do meu intenso viver...

Mas eu ainda sei
Que dentre as noites dos meus altos,
Que dentre tudo que esperei,
Na existência de muitos séculos,
Haverá de me reencontrar
A luz branca dos céus!

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 1 de março de 2011


À MULHER DOS SONHOS

No além do mundo, ainda serás a rainha dos sonhos...
Tão distante de mim, dentre os céus, a tua imagem;
flor que desabrocha entre as nuvens, verão meus olhos.

Sem corpo, como a brisa, ainda tocará a minha pele...
Serão teus os meus pensamentos, e a minha esperança
de te alcançar na imensidão e tocar o teu espírito
para toda a eternidade permanecerá em mim...

Vais, orgulhosa como as folhas das árvores, o seu intento
cumprido está em meio os jardins, pois é inverno,
e logo chegará o novo sol, e nova nascerás entre os anjos.

Hás de chegar o meu tempo, sobre o seu tempo em vida;
existência que agora te pertence em meio às estrelas, e
no além do mundo, ainda será o teu brilho como o da lua.

(Poeta Dolandmay)