terça-feira, 20 de agosto de 2013


O mesmo bem

Por onde andei... amigo, cantando...
Nada de mal encontrei comigo!
Pois, por onde passei fui edificando
O amor, que agora, divido contigo!

Nesta canção que te canto exaltando,
Trago-te aos pés descalços abrigo!
Ao coração o sorriso espelhando
O mesmo bem, que me tens, consigo!

E, cantemos ao mundo assim: veja,
A vida se traça quando se deseja
O melhor perfume as mãos amigas...

Pois, o mal invejoso desencontrado
Tende a morrer por se querer elevado
O amor de graças e de belas cantigas...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 6 de agosto de 2013


A minha dor

Deixa-me o esmagar da rocha crua
Sobre a minh’alma dolente e fria,
Que pelo o mundo arrasta ardentia
Já tão intensa... eloquente e nua.

A qual, de rumores, já se perpetua,
Que de convulsas dores, proferia
Sobre a estrada escura, que no dia
Adormece às sombras da candua...

Toda a peçonha já no sangue existe,
Olhar já baixo, curvo, triste
De sentir profundo e de amor negado...

Fecha-me os olhos perante a terra
E sob esta rocha a dor encerra,
Oh, deus da carne e do meu falsado!

(Poeta Dolandmay)