sábado, 29 de outubro de 2011


O amor de Deus é absoluto!

Não podemos ocultar a verdade!
“Onde dizemos há tristeza;
é onde mora a maior alegria.”

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 25 de outubro de 2011


Múltiplos

Mesmo ao sol ardente,
nada queima o buscar de amor;
assim como, nos sonhos,
a paixão beija a esperança.

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011


Ao dia depois de ontem...
(O adeus de bela)

Não direis pecados! Em prantos: triste ficou
O coração, ansiando tua presença-amiga,
Como o vento, a sussurrar, na sua fria cantiga
Os versos alegres que em outrora cantou...

No peito, pobre, como um mendigo que amou;
E, feito um anjo, que sua veste bendiga,
Que pregando entre tua crença e tua fadiga,
Nada sabe o que sente; e o que agora eu sou...

Talvez um perpétuo, condenado e amargo
Nas tristes vozes dos ventos eternos...
Ou talvez, simplesmente, um fanhoso espargo.

Agrados é o que eu sinto nesta canção de agora,
Sem começo nem fim: são os cantos ternos
Dum coração que anseia e dum amor que chora.

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011


? ...

Talvez, eu sem saber, direis: que nada
Perdeste no que não tinhas! Por quê?
— Para viver o confuso, não se vê
Todos os dias; quais se foram alvorada...

Portanto, então, o que nos faz crescer
Ao deserto onde vivemos? — Ofuscada,
Cintila a nossa indiferença, sem saber
Em qual era a vida nos será eternizada.

Faleis que tudo: “Mistérios convulsos!
Por o sol aparecer, e se pôr perdido;
Quês, o amor, nos vêm aos impulsos...”

Entretanto, sê quer dizer magistérios!
Pois, o que há de se perder ferido
Se no que vivamos há-de ser mistérios?

(Poeta Dolandmay)

Mensagem a ela

“Os nossos amores são gêmeos... Porém, a se ofuscar
em desentendimentos breves...
Quais, não nos entendem em certas razões...

Pois, assim, queremos ser doutrinados,
e saber, sem saber que nada nos é revelado
do amanhã, tudo nos é ainda mistério!

Não se vê os dias de sol, no que ainda não existe!
Os de amor, ou não de amor...
Cada qual, nós viveremos no presente...

Não ofusque a minha luz aos seus temores...
A sublime, e aqueça a sua alma...
Sem que haja adivinhações de meus sentimentos...
Acredite em seu coração!

Não adivinhe futuros... Por medo,
ao meu amor, me compreenda e me ame!

Nada do que achamos ser, se não escrito,
não nos abre a mente... Não quero dizer que se fecha a isso,
ao contrário, tudo que devemos fazer e fazemos
também já foram escritos, para que, nunca esqueçamos...

Vivamos, e sonhamos nos dias de luz, por todos os dias!”

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 18 de outubro de 2011


Intuito à Rosa

E tudo eu vi! O teu caminho do amor
É como o meu peito, rubro, pulsante
De intenso calor, mas que de instante,
Luz que se ofusca a seu breve primor...

Olha-me! Como um astro esplendor,
Clareias, tuas noites de oiro ondeante,
E íntima abrasar, convulsa, ofegante
Eleva-se, su’alma tranquila e sem dor...

Eu a vejo como a lua cheia de amores,
De cor intensa, e ao fulgor de extremo,
Abrindo-se em paixão sem se perder...

Mas a notar, e sentir, ínfimos temores,
Por seu desígnio, a meu amor supremo,
Sem que nada há-de me compreender.

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011


Cântico à flor doirada

Olhas o destino que a ti desses, e bela
Não digas ser apenas a frívola vida...
Mas vejas, que não tenhas mais garrida
Como as moças das antigas aquarelas.

Em feitiços fossem as cantigas delas...
Em benditas soais, por já, tua voz caída:
Que, portanto tu és a ensandecida
Com o teu infindo fulgor de estrelas...

Achocalhando as suas tranças doiradas,
Vais... e sonhas, vais... e cantas: ó lua,
Já que sois de ti o beijar das alvoradas...

Pois glória, alegria à suas mãos amigas!
Que, tua existência já se perpetua
Nas mais tão belas e infindas cantigas...

(Poeta Dolandmay)

Na orquestra do destino...

Somos das estrelas o seu próprio brilho.
Somos da lua, a luz bendita.
Busquemos brilhar os seus infinitos...

(Poeta Dolandmay)

Em compostura...

“A vida nos priva, e o amor desponta,
os sonhos prolongam... e a esperança conclui.”

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011


Excelência

Vejo há instante o amanhecer,
Flores novas e o sol brilhante...
Sendo que nada era preciso ver.

Vejo há instante o azul do mar,
Cantigas belas e a lua amante...
Sendo que tudo já me era amar.

Vejo há instante o beijo louco,
Paixão ardente na rua distante...
Sendo que nada me era pouco.

Vejo há instante o meu coração
Pulsar frenético e ofegante...
Sendo que nada me era em vão.

Vejo há instante o que me podia
O meu corpo firme e elegante...
Sendo que nem já me era o dia.

Vejo na noite a dor e a saudade
A presença que me faz instante;
O amor ondeante e de vaidade...

— E eu vejo a esperança. E vivo!

(Poeta Dolandmay)


Das excelências...

Tudo está ao sol!
Tudo está florido!
Tudo está perto!

Mas, na multidão,
tudo é escuro,
tudo é solitário,
tudo é distante;
por nada sabermos
compreender...

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011


À flor de lírio

Se que eu poderia disjuntar do mundo;
Ato descontente à vida inteira...
— Por ser complexo a alma-primeira,
Que ternos amores foi-se eu profundo?

Se que eu poderia a ser um maribundo;
De mim sugada a flor companheira...
— Instantes mortos quais de a videira;
Que perder os frutos já por um segundo?

Flor de planos sem que de pouco amor
Vinda às figueiras já com seu primor
Nos espinhos transformados em escudo...

Se galhos compridos em seu vil destino,
Como estranho se quer um desatino
Porquanto a amo já bem mais que tudo?

(Poeta Dolandmay)

Essência completa

Como poderá algo ser destruído
se não mais há uma pedra em pé?
Um amor de carne acaba, mas o amor de espírito
aos vínculos criados nunca acabarão...
O amor deverá que ser livre de transtornos,
e limpo de espírito.
Uma coisa pode ser a mesma coisa,
outra nunca pode ser uma.

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011


Amor de primavera

Tão agradável é viver o amor bonito
Nas entranhas do infinito
Onde nasce a primavera...
Deixar a mente clarear um céu azul
Sobre as estrelas lá do sul
Onde a saudade não se’spera...

Amor alegre
Que incendeia a lua amante
Renascendo em cada instante
Nos embalos da paixão...
Amor afável na imensa alvorada
Que se vem sem quer dum nada
Nos pulsar o coração...

Astro brilhante tão bonito de se ver
Nascendo a cada amanhecer
Alimentando as videiras...
Tão agradável é ver a vida se’mbalar
Da solidão que a faz ficar
Sem as almas gêmeas companheiras.

Flor que cresce do imenso infinito
É esse amor bonito
Que não se quer qualquer razão...
E a sua luz de oiro forte a crepitar
São dos reflexos lá do mar
Onde tudo é vivo e nada é vão...

Amor alegre
Que incendeia a lua amante
Renascendo em cada instante
Nos embalos da paixão...
Amor afável na imensa alvorada
Que se vem sem quer dum nada
Nos pulsar o coração...

Astro brilhante tão bonito de se ver
Nascendo a cada amanhecer
Alimentando as videiras...
Tão agradável é ver a vida se’mbalar
Da solidão que a faz ficar
Sem as almas gêmeas companheiras.

(Poeta Dolandmay)