terça-feira, 30 de abril de 2013


Foto: Lee-Jeffries


Faz-se notar

Se vos me notarem sorrindo e cantando
Com uma aparência tão leve;
Pois, ao meu peito a dor que tece,
Já é ela muita! Na face, engano!

O sol é distante de mim, mas é ufano
Ao meu cerne vestido em neve...
Sorri o meu corpo humano!
Canta a minh’alma, tão breve...

Sou de muitos fantasmas! Sou facundo!
Os meus sentidos transmutam...
A minha voz é confusa... No mundo...

Cantem e sorriem comigo... Sou engenho
De dores convulsas! Iludam
Estes raros instantes que tenho...

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 23 de abril de 2013


Foto: Lee-Jeffries


Elevado

O sol escaldante é do meu deserto.
Somente meu! No amargo da minh’alma
Resoluta... Que abraça, que acalma
Os gritos do meu peito aberto!

Ouço diante das penumbras, palmas
Das minhas mãos trancadas... Que certo
Desenha o mal que não acerto
Ao rebatar do meu cerne a talma!

O manto alvo é do meu conforto!
Nada que eu suplique será certeiro amor...
Sou de um mundo impuro e absorto...

Pra que endoidecer? Eu vou andando...
Nesse caminho pleno e de puro ardor...
Aos revolutos sóis que me vão gritando!

(Poeta Dolandmay)

terça-feira, 9 de abril de 2013


Aspecto

Nada lhes pude dar dos meus sorrisos,
as verdades claras e constantes...
Só por instante as inverdades, quais dos lírios,
a flor plena dum amante. Sois traça
das vestes que penduram aos varais...
Alma amarga de incertezas... Sois reflexo
e desgraça das aves brancas dos vitrais.
— Sol-espírito bendito do amor estimulado...

(Poeta Dolandmay)


Concordância de fatos...

Por qual essência? Por qual música?
Não sei! Talvez, pelo retendo que toca.
Antiga melodia cumprida... Talvez,
um momento ritmado ou uma voz infeliz.

Disse-me o profeta,
e disse-me os anjos das igrejas do sepulcro:

“Concordados ao amor são os fatos da razão!”

(Poeta Dolandmay)


Comentes

O que seríamos da vida sem os espinhos?
Quais parábolas nos fariam vitórias?
Vivam os dias por cada tempo...
Ao além do amor, ao além da vida...

(Poeta Dolandmay)