sábado, 29 de janeiro de 2011


ANJO DE LUZ

Conheci um rapaz
Às voltas do mundo
Que tinha um sentir
Lindo e profundo.
Ele saltava
Em meio às estrelas,
Passava por volta
De muitos planetas.
Mas um ele amava,
O bem mais azul...
Aquele dos céus,
Que vejo ao sul.
Com teu pensamento
Em longa fusela,
Corria ao vento
À luz amarela.
Nas costas as asas
Lhe eram bem longas,
Brancas quais neves
Que caem ao norte,
Rapaz de sorte,
Que o amor nos traz...

Um anjo rapaz,
Um menino talvez
Latino ou inglês,
Com todas as línguas
Fala português.
Amava a todos,
Com todos falava,
Em vozes benditas
Que Deus ensinava.
Mas há longo tempo
Não vejo o rapaz...
Ficou tão ausente,
O anjo entre a gente,
Que falta me faz...
Poeta da vida,
Que é luz fundida,
A nós uma escrita,
Somente deixou:

Que todos vos amam,
Pois vos amo demais...
Pra no voltar de um dia
Completar o amor!

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011


LUZ FUNDIDA

“Deus é a tua Luz! Ele te fez o bem...
Hás de criar agora o seu jardim,
e lhe plantar as sementes
para que as flores se espalhem.”

(Poeta Dolandmay)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


VÍTIMA DE MOFA

Da embriagues, duma paixão crucificada...
Um avejão que me ronda amortalhado,
Um vil, um tolo, que jamais será amado,
Um espírito sem luz, uma vida sem nada!

Espectro doente, dum amor crucificado...
Folha seca, deitado ao chão, vida cruzada
A arrastar por entre a seda amortalhada
Os negrumes d’um coração despedaçado...

Vem num brado de saudade e de desejo
Murmurando a sua voz enternecida
Ao recordar em tua face o idôneo beijo...

Fala d’um amor que há tempo foi perdido...
E em sua voz embriagada e despercebida,
Que há séculos fora, por nome, esquecido!

(Poeta Dolandmay)

FOLHA SECA

Talvez sim, talvez não...
Quem sabe então, talvez,
Um dia eu te cubra
Com as vestes do amor...

Um amor complexo!
Aquele que digo
Ser o fulgor das estrelas.

Quem sabe então, talvez,
Nas luzes que são delas
O reflexo contigo
Pode ser de mim sensatez...

Pode ser a sua verdade,
Por um minuto de saudade
Ou, talvez, de dor.

Quem sabe então, volte
Entre a paixão que te cobre
A lúcida verdade
Do que te seja o amor...

Talvez!

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011


À POETA DA ROSA BRANCA

“Quando disseste que me beijavas, mulher,
aos sóis que não te vias, nas noites
em que, em ti eram infinitas;
bendita era a solidão que te acompanhava.
Pois nela, raros beijos eu te dava, inflamados
de amor, e de paixão...
O teu corpo, tão quente era em mim...
E os teus versos, tão claros eram aos meus ouvidos.
A tua boca eu sentia, no beijo que não davas.
E nada do meu amor te era engano.
Tanto que eu a amava, e tanto ainda eu a amo!
E a rosa branca que carregas, contém a fragrância
dos amores reais de meu espírito,
que, agora, aos inversos, em suas mãos estão
há séculos, oh bela, onde fomos condenados...
E a eles, dignos teremos que ser.
“ELES” que nos rondam, e nos guiam aos céus.”

(Poeta Dolandmay)

“In mistérios”

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011


CÂNTICOS D'UM VATE

Nos mistérios que me rondam,
Dentre os amores de meu peito,
Que seja intenso e perfeito
O amor que me faz ora chorar...

Ora chorar, pelos que sonham,
Pelos que buscam em esperança,
Por se fundir as alianças
Das luzes do sol, e do luar...

Que a luz branca dos meus dias
Nunca conheça as agonias,
Por um leve sonho se perder...

Mesmo que nestes meus mistérios
Cometa-me os anjos adultérios
Para que a todos possam recolher!

(Poeta Dolandmay)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011


SEDE

Por quê;
Talvez eu não saiba, talvez, eu não sinta,
O amor, que, dos céus se vem e fica.
Dourado como o fogo,
Como os dias que se implicam...
A vida, interminável, porém, de fases.
Uma vida contínua e única.
Não tão simplesmente azul, mas, contudo,
Unicamente minha.
Talvez as amortalhadas sedas que me cobrem,
E também a túnica que me inverte o olhar
Da luz, tão diferente à noite,
Talvez os ventos que sopram ao sul;
Em meus ouvidos sob a terra, tão frios,
Ainda me sejam mortos.
Mas, ainda se falam os anjos, aos alfobres,
De bálsamos, o meu nome intensamente.
Ou, talvez, sejam os lírios
Sobre o meu corpo em taboa,
Em meio a minha voz, “em sede de amor;”
O meu próprio cântico de esperança.

(Poeta Dolandmay)