domingo, 13 de dezembro de 2009


No além de mim

Dou-te a concessão
a entrar nos meus sentidos,
a vincular o destino
que te prendes à minha razão.

Deixo-te entrar nos meus dias
E nas minhas noites de solidão,
a tentar descobrir
as fúnebres e tensas cobiças
que me altera o existir.

Libero-te a revelar a idolatria
que me abrasa a alma,
que se estende no louco sentir
do meu imenso coração.

E quando estiveres no alívio
da minha voz embriagada
cubra-me com o manto branco
do querer que te dominas,
que ambiciona e te envolves
sob a minha louca paixão!

(Poeta- Dolandmay)

domingo, 8 de novembro de 2009

Dias de sombra!

Oh dias nostálgicos
por palavras quietas
que no meu peito
sinto em desespero!...

Eu sou dos teus dias
e os teus dias são os meus!...
Eu sou a rocha que ninguém vê,
o azul tão triste
a folhar-te a mente!...

Trazes a mim o teu amor
porque fazeis o anjo da vida
o teu espelho!

Não razoai mais os meus dias
porque já sou da tua estrada
o teu eterno caminho!...

(Poeta- Dolandmay)

terça-feira, 27 de outubro de 2009


Um Louco Sonhador!

Saudades que me invade, em ilusão...
De um amor que não aconteceu, ó dor!
Que bem, ó sonho, não fosse de amor,
Talvez não quiseres o meu coração!...

Já bem que tu foste ao teu esplendor...
Por que não voltas?... Deixaste solidão
Neste louco Poeta que já sofres o rigor
Desta vida tão fria de sagas em vão!...

Sim... Sou louco! Não sabes? Vou dizer:
Entendas como podes, um amanhecer
Dum sofredor que a noite sofre também!

Sou alma, sou vida, que tanto sonha!...
Talvez se eu tivesse alguma artimanha
Faria por mim louco o amor dum alguém!

(Poeta- Dolandmay)

O meu querer!

A minh'alma anseia-te! Ó chama viva!
Fogo luzente da vida, de todo o ser!...
Que te roga soberana, bela e altiva
Por arder no teu tíbio, cantar e viver...

Minh'alma de tão louca te sonha, cativa
Flamejante e perfeita no teu querer...
E, na mais vaga noite, ver-te sensitiva
A queimar-me na pele o teu bel-prazer!

Ó ânsia, que no meu peito tanto chora!...
Embriagado por ti, que fosse outrora
Já que presente por hora quer-te sentir!

Que ardente tu venhas a me encontrar...
No teu rigor extremo, às ondas do mar!
Que me faça pela lua inteira, o teu luzir!

(Poeta- Dolandmay)
Luz da Noite!

Uma voz!
Um desejo!
Uma paixão!

Um olhar!...
Um sorriso!
Um coração!

Um desespero!
Um sonhar!
Um amor!

À luz do dia!...
No peito é dor!

Uma manhã!
Um entardecer!
Uma noite!

Volta o ser!...
O esplendor!

(Poeta- Dolandmay)
No seu impossível

Na noite escura do teu penar
Sou vento, que te roga santa,
A brisa que acaricia, e manta
Que te envolve o rosto, o ar!

Sou o ser que vaga, a portar
Na candura que em ti canta...
Sou a melodia fina, e infanta
Que na tua alma quer entrar!...

Quero o teu corpo envolver...
No teu arrepiar frio te sentir,
Nas tuas entranhas, se perder!

Trago-te a chama do existir...
Os desejos, o amor, e o viver
Que tanto esperaste, por vir!

(Poeta- Dolandmay)

domingo, 18 de outubro de 2009


Esfinge

Ora, se há apenas um conceito do amor,
fazeis entender o que roubaste, o coração!?...

(Poeta- Dolandmay)

Tortura fria

Vivo assim, um tanto, desesperado.
Busco a sombra do sol na noite fria...
Por queimar-me a pele a luz do dia
Onde me pus o coração, desprezado!

Vivo assim, sob o mantéu enfeitado.
A devorar a minha vultosa nostalgia!...
Vê-me a lua: sou a estrela fugidia
Que o deste o clarão tetro sufocado!

Sim, eu sou o Poeta que te enfeitas,
Que não quer no mundo a tua dor.
Sou quem tu vês, no leito que deitas!

Sim, que seja em mim o teu langor...
Por devorar-te a noite que rejeitas,
Por queimar-me a pele, o teu amor!

(Poeta- Dolandmay)

Lua em Glória

Eu sou na vida, ó lua, o teu mal desfeito!
Busquei entender em ti o que não me tinha.
Eu sei que esta tua vida jamais foi minha,
A sofrer na tua luz a dor que sinto no peito!

Tu és do clarão todo o esplendor perfeito!
És da noite a vida, das trevas é a rainha...
Voa as aves no teu tíbio, voa a andorinha,
A levar-me nas tuas asas o meu deleito!...

Eu sou quem te encanta no frio da noite!
As lágrimas que correm ao teu afoite...
Sou no teu beijar da alvorada os olhos teus!

Daria a minha vida a ti, por uma luz no dia,
Mas glória! Eu sou sobre ti toda a poesia!...
Do langor as vidas, a mim, só não és Deus!

(Poeta- Dolandmay)

Chama Viva!

Tem do meu amor uma graça tão pura...
Que te beija na noite, que te beija no dia!
Quais vidas levam a ti certa fantasia...
Para amar-te, desejar-te, serena criatura?...

Vives do meu amor puro de tanta magia,
Que é o encanto a oferecer-te candura...
Qual sentimento busca a levar-te a orgia
Para findar-te em ti o amor que me dura?...

Digas, ó Palas, minha rainha da verdade,
Juras a mim, que sou eu, a tua vontade
Por levar-te no mundo o Don de amar!...

Olhas em fim, para a alma que a ti ama,
Dizer-te num momento: viva a chama
Que me deste na vida o amor p'ra cantar!...

(Poeta- Dolandmay)
Canção Perdida

Quem sabe, talvez, o mundo não me quer.
Serei eu resto dum naufrágio incompleto?...
Talvez seja resto de uma madeira qualquer
Sem ter a marca ou penhor, de um dialeto...

Ou quem sabe, talvez, sou chaga sem poder,
Sou ferida que ninguém vê, por completo...
Uma estranha voz, uma canção dum querer,
Talvez seja eu, um enigma, um ser indireto!

Eu sei que a minha sorte não é neste mundo...
Talvez, pela explosão, dum céu moribundo
Sou quem anseia estrelas no reflexo do mar!

Eu sei, que nesta esfera, sou um ser perdido
Que busca encontrar neste mundo ferido...
Uma melodia, talvez, que seja p’ra cantar!

(Poeta- Dolandmay)

domingo, 13 de setembro de 2009


Tempo de escuridão

Deste dia, que me deste tanto amor
Guardo a lembrança tanta alegria...
Daquele tempo que me fizeste calor
Conservo da louca paixão a fantasia.

Deste dia que aqui se faz frio, a dor
Tenho no peito, petrificada a magia...
Quem sabe um dia volta o esplendor;
Quem sabe volta, a mim, a poesia!...

Momentos da noite que toca o sino...
Na capela do alto um amor franzino,
Encobre-me, um mantéu esquecido.

Instantes de trevas que me devora...
Fazendo-me cruel ao findar da aurora,
Uma alma, de um amor adormecido.

(Poeta- Dolandmay)

Páginas da Vida

Será que um dia serei eu saudade?...
Será que um dia... Oh minha vida,
Serei eu honrado em despedida...
Por um momento em vão verdade?

Sem que seja eu uma adversidade
Do oposto ideal em luz fundida?...
Sem que o meu amor não se despida
Duma existência difusa em maldade?

Que se lembrem por tudo que tenho...
Não apenas da foto ou um desenho,
Mas da minh’alma e do meu coração!

Que se lembrem no peito o meu amor,
Das páginas da vida o esplendor...
Que eu não seja apenas uma ilusão!

(Poeta- Dolandmay)

Poética inspiração - Primavera
(O Alento)

Das noites frias e de ventos fortes
Vem surgindo à vida, deixa as mortes
O bálsamo do tempo cheirando flor.

Folhagens secas caídas ao chão...
A dor do ser por um tempo é ilusão
Os Poetas espremem, no peito, a dor.

Cantam a vida que vem surgindo...
Ao clarear do sol – o amor vem vindo
Quase em brasa, lenitivo de sorte.

São chamas, são deuses erguidos
Que das tuas noites são, zumbis caídos
E das primaveras, são norte.

(Poeta- Dolandmay)

Instante de treva

Não sei quem sou!... Não sei!
Tudo me evade da cabeça...
Tudo é breu; em nada sonhei...
Por um instante a luz me deixa!

Nada ouço, em mim falhei!...
Entre pálidas ruínas de queixa,
Nos momentos, que julguei!...
Astro Criador! Não me esqueça!

Que seja breve as tuas trevas,
Que a noite vil, daqui tu levas...
Que volte a vida meu esplendor!

Que meu triunfo volte à chama!
Que o sonho, em luz derrama...
Que não esqueças o meu Amor!

(Poeta- Dolandmay)

terça-feira, 8 de setembro de 2009


O Amor

Tu me enfeitas a vida; o amor
Que dela cuida apaixonado.
Tem enganos, solidão e dor
Tem tanto peito machucado.
Mas a todos os princípios
Teus sentimentos são puros,
Até mesmo os obscuros
Que sentem nos silêncios
Das noites sombrias da alma.
E tristes são seus prantos
Sem a melodia dos cantos
Dos anjos do céu sem calma.
(Luzir tranquilo, não engane!)
Inquieto, parece-me falar:
Ame tanto, por tanto ame;
Que sempre estou a Amar!

(Poeta- Dolandmay)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Audaz Resumo

De tudo que me deste nesta vida...
Tanta ternura, encantos e fantasia,
Um tanto de paz e sabedoria...
Cintila, em mim, a luz fundida!

De tudo que me deste com magia...
Tanta paixão, crápula incandescida,
Um tanto de desejo, não só orgia...
Parece-me o sol, a chama erguida!

De tudo que me deste, o precioso...
Resume na minha vida o que tenho!
O afeto idolatrado, o mais formoso...

Sim, o amor! Que do peito cuida!
Que é do coração o audaz empenho,
E das substancias, o que têm vida!...

(Poeta- Dolandmay)

sábado, 29 de agosto de 2009


Por um motivo de Amor

Será por mim que tu choras meu amor?
Será por mim, que vive em ti esta dor?
Fazeis de mim o teu amado, a tua vida...
Que não seja eu o motivo dos teus prantos,
Mas que seja eu da sua cabeça incandescida
A paixão, e a melodia dos teus cantos.
Que seja eu o teu motivo de viver...
O teu desejo, o teu sentir e o teu querer!
Que seja eu da sua estrada o caminho...
Mas que não seja eu na caminhada o teu vinho
Que te embriaga, por esquecer um sofrimento.
E que não seja eu do seu vultoso coração,
Os pulsares que te levam ao tormento.
Mas que seja eu, da sua vida à afeição,
Até mesmo nos seus momentos de tristeza...
Que não seja eu, amor, o teu grão desfeito,
Mas que seja eu do teu sentir o que enriqueça
A alegria que sentires no teu peito.

(Poeta- Dolandmay)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009


Nos caminhos de Bela

Serei eu quem tu procuras?
Serei eu, em quem tu pensas?
Como eu queria que me dissesse sim,
Que tem a cachola louca por mim
Aqui em labaredas feito vulcão.
Que corressem às suas veias as lavas,
Que tocasse este teu coração
Como a melodia quando passas,
A minha frente quando danças
Chacoalhando estas lindas tranças
Dos teus cabelos chocolate.
Ah como eu queria que me visse
Quando aqui tu passares...

(Poeta- Dolandmay)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Noite Morta!

Nesta noite angustiante que aqui estou
Lembro-me todas as coisas ditas por ela
Naquela voz fina, naquela voz bela...
Todos aqueles instantes em mim ficou.

Amo-te tanto porque tanto me amou!...
Naquela noite fria de uma luz tão singela,
Que era o clarão da lua ao entrar a janela
Iluminando aquele instante, que parou...

Ao tempo, minha bela, de voz alta...
Todos aqueles momentos, que me falta
Quero gritar ao mundo o que era meu!

Mas como estrangular contentamento...
Se não tenho o seu amor, neste momento
O sonho daquela noite em mim morreu!

(Poeta- Dolandmay)
Entre Almas

Por tudo o que agora sou...
Nesta minha vida, que eu amo,
Neste sentimento tão soberano
Dou-te o amor, que te sonhou...

Por tudo o que agora sou...
Nesta minha alegria, eu clamo
Que não se vá de mim tão ufano
Este afeto, que me encontrou...

Por quanto tempo lhe procurei
Ó calma das noites mortas,
Por quantos becos eu vaguei...

Ó bela alma que por mim rezou
Agora que tu me confortas,
Jazer à noite, que aqui passou.

(Poeta- Dolandmay)

domingo, 23 de agosto de 2009

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Além-mundo

Quem um dia conseguir
Traduzir o que escrevo
Na dor dos meus silêncios...
Entrará, será que devo?

Minha vida, uma angustia
Procurando por paixão...
Entre as nuvens negras
Tento achar um coração!

Tu que me lês agora...
Tente entender o que digo
Não entre, pode ser tarde,
Se prender pode comigo...

Aqui tem vários monstros
Que choram angustiados,
Só a mim que obedecem
Pois meus, são teus fados...

Vivem em mim, suas almas
De breus vivem seus dias,
Mas tanto de amor falam
Que me aliviam as agonias...

Ofereço-te o outro lado
Mas espere! não entre agora
Deixa-me voltar à vida...
Já que aqui tudo devora!

Entre os meus afetos vivos,
Tu que me vês aqui voltar
Entre agora sem perigo
Que voltei... pra te encontrar!

(Poeta- Dolandmay)

Tempo de Amar

O meu tempo é assim...
Tão breve, meu amor
Tem um começo e tem um fim...
Vive na alegria, vive na dor!

É amado por amar tanto
E sabe as regras do viver...
Mas em si não sabe o quanto
Viverá por te querer...

O meu tempo, amor, é assim
Tão intenso de paixão...
O encanto está em mim
Por teus afetos... que ilusão...

É por ti que a minha alma vive...
Mas é sabido que não a tem!
Portanto agora não contive,
O tempo acaba... por ninguém...

(Poeta- Dolandmay)

Soneto do Amor perdido

Desejo-te toda a felicidade dos meus dias
Para que enfeites a tua vida com amores...
Só não te desejo as minhas loucas utopias
Que são quentes, às vezes vãs, e sem cores!

Por onde andar espalhe as minhas alegrias
Porque são divinas, sem regras e sem dores...
Mas não se esqueça, amor, das melancolias,
Que a dor me fere, em fragrância de flores...

A minha alma se despede do teu mundo
Alegre, mas com um sentimento profundo
Porque já não sou, amor, a sua realidade...

Eu tremo, estou em prantos, mas sou forte
Para enfrentar o momento triste da morte,
De um amor, que em mim jurou eternidade!...

(Poeta- Dolandmay)

Em outra vida

No êxtase profundo do meu amor,
Nesse frenesi vibrante de ansiedade,
Diante de todo este esplendor,
Dou-te a minha alma por vontade!

Trago-te junta a ela uma bela flor
Colhida no jardim da mocidade...
Nela contêm o aroma e todo vigor,
Que é o bálsamo da minha lealdade!

Amar-te por toda vida nunca pude,
Nem mesmo na minha juventude...
Ao teu lado eu nunca fui ninguém!

Agora, amor, depois de tanto ainda...
Velho, cansado, mas com a alma linda,
Entrego-te o meu coração no além...

(Poeta- Dolandmay)

Nostalgia

Eu só queria, em mim, entender
Porque pagãos me perseguem...
Atiram-me fogo, chamas erguem,
Quando me vêem em algo vencer!

Será que ainda vou compreender
Como tudo invejar conseguem,
Até o motivo porque me seguem
Numa empáfia sem nada dizer?!...

Talvez sim, quem sabe no infinito...
Eu ouça, nostálgico, algum grito
Dizendo que querem amar alguém!

Ou talvez, quem sabe, já amam...
Uma vez que não se enganam
O tanto que eu vos amo também!...

(Poeta- Dolandmay)

Versos de Amor

Escrevo-te agora estes versos de amor
Que eu jamais pensei em escrever!...
São versos de sinceridade e esplendor
Descritos por minha alma pra te dizer.

Neles contêm a ternura e todo o furor
Que sente o meu coração por teu viver...
Tu és a mais bela, formosa e rara flor
Que todo homem desejaria em ter!...

A tua alma preciosa tem o dom de amar!...
E o teu coração, um dom que jamais vi
Tão puro e sincero que não dá pra falar...

Por isso escrevo-te o que jamais possuí
O dom de dizer, não vendo à hora de narrar
Estes lindos versos que agora te escrevi!...

(Poeta- Dolandmay)
Ser Amigo

Ser Amigo é ser verdadeiro,
É ser infante, mas inteiramente;
É entregar a alma por inteiro;
É desvendar o amor independente.

É dividir lealdade e ser o primeiro;
É doar, oferecer-se completamente;
É ser a flecha de um arqueiro;
É almejar o afeto que não mente.

Ser Amigo é ser coração,
É amar com alegria e com paixão;
É ser verdade, até mesmo na dor.

Sem um Amigo nada se tem,
Nem mesmo uma causa que faz bem,
Porque ama... com tanto pudor!

(Poeta- Dolandmay)

Sentimentos sórdidos

Eu sou a sensibilidade dos teus sentidos,
O abortamento da tua inaudível paixão;
O alento que fita a tua alma da solidão,
E os teus mais tensos sentimentos vividos.

Eu sou a tua escolha de fardos erguidos;
O amor, o fogo, a chama de teu coração,
A dor que não doe, sou a tua ilusão...
Os prazeres, que por ti serão consumidos.

Eu sou o teu querer e os teus encantos;
Os teus momentos, eu sou teus prantos,
A tua alegria, esperança, e o teu viver...

Mas quem vive e sente também sonha,
No entanto, sou também a tua artimanha
De Amar e Amar!... Pra não se perder...

(Poeta- Dolandmay)

Constância aura

Amigo é o vento que toca a face
É brisa suave que beija o rosto...
É perfume sem cheiro e sem gosto,
Quando verdadeiro não tem disfarce.

É verde, tem a cor da esperança...
É azul, tem a cor do mar...
De coração brando é feito criança
Não tem maldade nem no olhar...

É meigo e doce como o mel da flor
É ombro que chora e que sabe amar,
Quando a dor alheia está a chorar.

Mas, como tem do céu o Amor
Na alma não guarda infidelidade,
Se ao oposto de si tiver lealdade.

(Poeta- Dolandmay)

Alma Vazia

Minha vida... Ah vida minha...
Meu amor... Oh amor ateu!
Tudo que tenho... tudo que tinha,
Nada é... nada é igual ao teu!

Tanto gela minha espinha...
Por viver... por viver no breu!
Voa alma... feita uma andorinha,
Vai buscar tudo que é meu!...

Vagueia... vagueia ao luar da noite...
Pelo além... mas não se afoite,
Pois ninguém mais me conhece!

Nas ânsias não me traga agonia,
E não volte, não volte aqui vazia...
Pois sem amor tudo me falece!

(Poeta- Dolandmay)

Amor Perdido

Ah! bem me lembro...
Das tuas ternuras
Dos teus afetos
Do teu amor!
Ah! bem me lembro...
Das tuas juras
Do teu beijo quente
Do teu aroma de flor!
Ah! bem me lembro...
Quando a amei
E por te falar
Eu não falei
Que te amava!
Ah! bem me lembro
Dos meus prantos
E de todo carinho
Que tu me dava!
Ah! bem me lembro...
Do meu adeus
Olhando ao fundo
Dos olhos teus
A chorar...
Ah! bem me lembro...
Do amor perdido
Minha querida,
Por deixar-te esquecida
Por toda a vida...
Irei lembrar!

(Poeta- Dolandmay)

Reflexo

Sei lá quem fui! Quem sou! Quem vou ser
Sinto-me num breu... será que sou miragem...
Ou será que estou aqui só de passagem...
Não sei! Pareço-me pulsar... sem me deter!

Será por isso que às vezes sinto-me exceder...
Sem ter um nexo, sou apenas uma selagem,
Mas tenho formas... pareço uma ramagem
Em contornos estranhos, não consigo entender.

Não sei se tenho cor, mas sinto-me vermelho.
Será que posso ser visto em algum espelho?...
Talvez entendesse, se me desse algum conceito.

Às vezes sinto-me alegre, outras vezes triste...
Será que sou o amor, será que isso existe?
Talvez eu seja um coração, dentro de um peito...

(Poeta- Dolandmay)

Amor Vivo

Que dure o meu amor por ti, e que seja
O mais belo e puro, porque ele é chama,
E não há neste mundo alguém que ama
Tanto o quanto a amo, e que a si esteja.

Que dure a minha paixão, que por ti arqueja
Mesmo caída na solidão, ela inflama...
E aos prantos por teu pensar ela derrama
As lágrimas dos olhos que por ti lampeja.

E assim tão vivo que ele fique a durar...
E tão quente, que até o fim possa viver
Mesmo que sem liberdade eu possa amar.

Mas que não seja eterno, e nem venha a ter
O meu coração dilacerado pelo teu fascinar
E que nem venha por ti, um dia morrer...

(Poeta- Dolandmay)

sábado, 22 de agosto de 2009


Fala do Amor

Fala assim, de ti, fala daquilo
Deixa na vida o amor viver...
A paixão, e os desejos, e tudo aquilo
O que são do peito deixa ser,
O que são da alma deixa entrar
Não deixe que falem ao teu coração
Nem mesmo deixa-te de falar:
Onde te deitas, não deitas a solidão
E nem mesmo nas adversidades
Onde choram o lamento e a dor...
Viva, o que são das tuas vontades
Fala de ti, assim, fala do amor.

(Poeta- Dolandmay)

Tuas Verdades

Eu sou a inspiração viva do teu amor!...
Sou a chama que queima em teu coração.
Eu sou a vida, a luz, a alma da tua paixão,
Sou teu perfume, o suor, sou teu calor...

Eu sou o teu desejo de tão vivo fulgor!...
Sou as tuas saudades do amor ardente...
Eu sou a tua aflição, sou teu beijo quente;
Sou a tua harmonia e seu pranto sem dor.

Eu sou o teu mar de tempestade alta!...
Sou a tua fonte de água pura que não falta;
Sou os sentimentos que te fazem chorar...

Eu sou a ilusão que tão pouco importa!...
Sou a solidão que em ti não tem porta...
Porque sou as verdades, que te fazem amar!

(Poeta- Dolandmay)

Por teu Amor...

O meu amor é assim
Louco, insano
Quente e sem fim
Por teu coração
Por ti, em mim...
O meu amor é assim
Por tua paixão
Que é chama!
Viva, eloqüente
Louca, na cama
Que inflama
Tudo em mim...
O meu amor é assim
Pelos beijos teus
Que provoca
Os desejos meus
Sem ilusão
Assim que são
Por ti, em mim...
O meu amor é assim.

(Poeta- Dolandmay)

Canto a Musa

Oh, musa que me inspira.
Quero um dia encontrar
O amor que em ti delira,
Que é aroma que tem no ar
E em todo ser que ama!
Quero no teu coração
Viver do fogo que inflama
Tuas chamas da paixão!

Viver, onde tu viveres...
Seja na terra, seja no mar,
Onde quer todos os seres
No teu peito eu quero estar!
E na tua voz que é bela
Quero o teu canto de sereia
Que em outro ser não se revela,
E no amar não fica alheia!

Quero viver do teu amor
Que é afeto verdadeiro;
Que é sem pranto e sem dor!
Porém, não sou o primeiro
A querer-te do meu lado,
E que por ti vem reclamar...
Pois de encantos é teu fado
E teu destino é Amar!

(Poeta- Dolandmay)

Inquietação

Pelas ruas eu andei
Procurando te esquecer
Encontrei tantos amores
De tão lindo coração,
Mas por tanta inquietação
Fui amado e odiado...
E em mim prevaleceu
O bem que agora trago
Teu amor que não morreu.

Eu pensei em esquecer
A tua linda afeição
Que é feita de ternura
Tão serena viva e pura
Sem medida de ilusão...
Perdoa meu amor perdoa
Por desejar absolver
Tudo aquilo que era meu
E também os teus instantes
Que em mim não esqueceu.

Encontrei tantos amores
Que diziam me amar,
Mas nenhum igual ao teu
Tão puro e Verdadeiro
Não consigo encontrar...
Perdoa meu amor perdoa
Por tentar te esquecer
Depois de tanto agora sei
Sem você não vou viver!...

(Poeta- Dolandmay)

Reencontro

Amemos! esta paixão
Que nos devora!
Sem deixar que a solidão,
Sem deixar que a dor
E nem mesmo a saudade
Possa partir o nosso amor!
Voltemos! a realidade
Ao reencontro das almas
Como brota a flor...
No aparecer da primavera!
Como brota as chamas...
Na ardência do amar!
Unimos! A esta nova era
O afeto que por ti eu tive,
Pra não se apagar
O fogo que vive...
No meu coração, e dizer-te:
Para todo o sempre...
Ó amada, que Eu te amo!

(Poeta- Dolandmay)

Um Sonho!

Sonhei que era um Poeta, um ser esplendor
Que era mais alto que tudo que existia...
Eu sonhei que era um rei, mas não sentia
Que tinha o poder dos desejos e da dor!

Em tudo que eu escrevia gritava o amor
Da saudade, da ilusão e da fantasia...
Gritava as almas da vida, que em mim fazia
Um ser enlouquecido que flamejava sem pudor!

Eu paralisava em versos todos que meu liam
Não tinha limites, então me seguiam...
No mais profundo sentimento, até o além...

Eu unia o mundo do desamor, em pleno afeto.
Mas sem ter em mim um próprio dialeto...
Acordei, sem asas, porque não era ninguém!

(Poeta- Dolandmay)

Amor Oculto

Chegou a hora, meu amor, de te falar
O quanto sente o meu coração por ti:
Nesta mágica noite, e linda de luar,
Tudo agora ouve... o tanto que senti!...

Em teus afetos encontrei o que é amar!
Tanto amei, e como amei tudo que vi...
Na tua alma reina a lua, sem se abrandar
Envolvida de paixão em torno a si...

Eu sei amor, que não deveria te dizer:
Mas o que ouve, porque tentas esquecer...
Tudo aquilo, tudo aquilo que eu te dei?

Eu sei amor, que por ti, não fui amado
E que aos teus amores nunca fui jurado...
Mesmo assim, por você eu me enganei!

(Poeta- Dolandmay)



Amor e Paixão!

Como é lindo o teu Amor! – é vida...
Como é quente a tua Paixão! – é chama;
É o alimento da minh’alma que derrama...
É meu sangue que escorre... sem saída.

É o meu jardim e minha alva florida;
É o ardor, o fogo que me inflama...
Quando aos ouvidos diz que me Ama,
Em voz rouca, baixinha e estremecida:

O suor de teu corpo é o meu vinho,
É a minha fonte de água iluminada...
E a tu'alma, é a luz do meu caminho...

Sem o langor do teu colo não sou nada.
A tua alcova cheirosa é o meu ninho...
E o meu ardente coração, é a tua morada!

(Poeta- Dolandmay)

Amor-Divino

Deito-me em seus braços sobre a luz do luar
Envolvendo-me nos mais profundos amores teus...
Que abrasa e inflama na ardentia do teu amar
Envolvidos sobre as chamas dos desejos meus...

Nosso fogo ardente é o alimento que nos faz ficar
Tão intensos sobre a luz do clarão, fora dos breus
Iluminando a paixão, que em nos faz durar...
Todo este vultoso amor que foi dado por Deus!

Por ser assim tão divino não nos tem o pranto
Nem saudades, nem trevas e nem desencanto...
Que possa secar as águas do amor-perfeito!

E assim tão vivo que possa viver sem tormento
Que tenha liberdade, sangue, vida e movimento...
Por tão longo prazo, sem mágoas, dentro do peito.

(Poeta- Dolandmay)
Desejos

Nesta noite beberei o vinho
que me trás em tua taça
E me deixarei levar
por tuas insinuações.

Entregarei-me ao vicio teu
E nesta vaga luz difusa
deixar-me-ei ao acaso
dos desejos insanos, meus.

Dos vinhos mais carnais,
tintos, tais profanos,
derramarei pela seda
-do teu linear.

Volto à realidade nua e crua
mergulharei em mentiras,
tuas, mais absurdas.

Entregar-me-ei à noite
E no absinto do netuno
afogar-me-ei em seus humores.

(Poeta- Dolandmay)

Tua boca

Com o toque de tua boca
Provoca-me...
Deliciosos arrepios
que me invade o corpo

Me faz flutuar
Diante de teus beijos
saborosos, gostosos...

Embebida de desejos
com uma bobagem e outra
sussurra-me nos ouvidos...

Em palavras declaradas
Meu corpo treme
arrepia, geme...

Contigo divido meu corpo
Com tua saliva
Gotejando pela língua
Me da calor...

Em horas sagradas
Desaguamos a alma...
Nos transformamos
de tanto prazer!... Amor!...

(Poeta- Dolandmay)
Mulher veneno

O teu cheiro me dá paz,
inebria-me o ar
A tua pele tem o calor
-que me falta-
Calor humano, químico.

Teu corpo é perfeito.
Teus olhos são os das pombas
-atrás de teu véu.
Teus lábios carnudos, macios
são como fio de escarlata,
e tua fala e deleitável.

Tu és bella! Quente, Fogosa…
Tanto quanto te sinto.
Construída pelo meu amor!

Mulher veneno! és paixão!
Sabor! Prazer!

(Poeta- Dolandmay)


Melodia da saudade

Na dor de minha saudade
Ouço em silêncio cada pulsar
Bates em versos à eternidade
O coração que não sabes falar
Pela alma pura que me dizia:
Jamais no mundo ficaria triste
Pois meu coração alegre fazia
Outro Amor para mim não existe.

Tudo parecia verdade
Que jamais seria assim
Fostes, deixou a saudade
O Amor que jurastes sem fim

(Tudo parecia verdade
Mas fostes, me deixou assim
Se não jurastes em maldade
O Amor que jurastes sem fim!)

(Poeta- Dolandmay)

Ilusão de um Amante

Teu corpo
Me faz delirar...
Tuas curvas perfeitas
exalta os desejos
que me faz te amar.

Tua pele macia...
Teu cheiro, teu beijo,
mel que sacia
meu desejo.

Exuberante...
Tu exaltas, maltratas,
o ensejo da alma
de um ser carente.

Desejada...
Resplandece, aparece
como a alva do dia
para ser amada.

Como fruta, nua
do vale florecia...
Porque és lua
ao findar do dia.

Formosa...
Tu és vulcão,
explosão delirante.
És a ilusão do coração
deste ser amante.

(Poeta- Dolandmay)

Magia de viver.

Viva a Vida com alegria...
Cultives a Amizade,
Não plante a maldade.

Faça de teu viver uma magia...
Ofereça sempre uma flor,
Não guarde no coração rancor.

Viva a vida com fantasia...
Nos prazeres da verdade,
Não esqueças a lealdade.

Faça de tua Alma vazia
Um ser de grande esplendor...
Em teu coração, cultives o Amor!

(Poeta- Dolandmay)