sexta-feira, 17 de dezembro de 2010


Um ser – verdade

Trovador, não escrevas um poema
apenas por escrever-lhe...
O poema tem que sentir o Poeta.
O Poeta tem que ser o poema.
Não o enfeite, não o empilhe como galhos
para uma fogueira futura... o respeite!
Não lhe invente palavras ao vento;
porque não são tuas.
Os espíritos não se calam...
Há em cada poema a sua alma própria.
Há em cada “Poeta” o seu próprio Poeta.
Não há sofrimentos iguais.
Não há amores a mais.
Sentimentos não são dispersos...
Escrevas, trovador, somente de ti o que és,
pois, um Poeta, adormece
quando a sua alma vagueia...

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010


DESÍGNIO

Hão de brilhar as estrelas
ao espaço dos céus obscuros
e orgulhosos, e frios.

O astro bendito há de se por
entre a vida, entre o amor.
Amor complexo,
de esperança, e de justiça.

E esta voz trêmula que vaga
aos meus ouvidos cálidos,
há de me esquentar a alma
e os pés, e as mortalhas mãos.

Há de se erguer a lua
aos meus sentimentos de dor,
de aflição, e de medo.

E há de o tempo renascer
mais terno, mais doce, e quente.
O meu tempo, de promessas,
e de sonhos que não morrem.

(Poeta Dolandmay)
Divino esplendor

“Não deixas que almas obscuras
de reinos que não te pertence te ofusquem a Luz.”

(Poeta Dolandmay)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010


À MULHER DOS OLHOS CAÍDOS

Quando os teus olhos eu vi cair ao tempo,
Embocados aos raios de sua tristeza;
Solidão oculta, do coração, que pulsa lento...
Cantei-lhe, o cântico infindo da destreza!

Quando eu te vi as sombras, amargurada,
Braços estendidos e os pés cruzados,
Estendi-lhe a rosa branca amortalhada,
Que a tanto desejaste, em seus brocados...

Vaga, oh, mulher, com o teu vestido azul,
Mistura-se em meio às estrelas do sul,
Porque o oiro do norte não te pertence mais!

Agora, é branda a tua amargura, e morta;
São suas lágrimas de amor que me conforta
Dentre a minha alma a escrever-te a paz!

(Poeta Dolandmay)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Por o espírito infinito das nações

Os anjos guardam o monte de Sião
sobre os olhos infinitos de Davi,
e poeira, e pedra, e fogo se levantam,
o mar reflete os deuses de espadas,
e suas ondas são altas, e doces, e claras,
e os que as verem se gloriarão à terra;
que estão próximos os dias do Rei,
e o infinito amor do Senhor;
o Deus de todos os deuses, e de nações.

Preparai o teu corpo, e o teu espírito,
e os cálices de teu corpo que são puros,
e o coração da tua bondade à luz;
porque assim é o Rei, e assim o verás.

(Poeta Dolandmay)


“In Natal de esperança”

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


AO ANJO CELESTE

Anjo branco, dos céus em bandeiras,
De o teu fulgor que o faz iluminar
Clareia os montes ao brasão de luar
Como as invídias vozes de faceiras...

Damas das rosas! As que mais queiras,
Coração em pedra que o deixa amar
O cadáver orgulhoso, que as faz cegar
Aos teus murmúrios às vidas inteiras...

Cegas! Mas, às mãos, são como viver
Em meio as suas crepitantes fuselas
Que rogam e cantam... sem vos deter!

Místico ufo, do crepitar das estrelas,
Em séculos benditos do amanhecer,
Escuta-me! Lá adiante, às vozes delas...

(Poeta Dolandmay)