sexta-feira, 7 de outubro de 2011


À flor de lírio

Se que eu poderia disjuntar do mundo;
Ato descontente à vida inteira...
— Por ser complexo a alma-primeira,
Que ternos amores foi-se eu profundo?

Se que eu poderia a ser um maribundo;
De mim sugada a flor companheira...
— Instantes mortos quais de a videira;
Que perder os frutos já por um segundo?

Flor de planos sem que de pouco amor
Vinda às figueiras já com seu primor
Nos espinhos transformados em escudo...

Se galhos compridos em seu vil destino,
Como estranho se quer um desatino
Porquanto a amo já bem mais que tudo?

(Poeta Dolandmay)

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