sexta-feira, 7 de maio de 2010


AVAREZA

Passado os dias de engano,
Imensas cobiças sem causa,
Dilúvio alto, e soberano,
E nostálgico, e sem pausa.

Este as lágrimas da face fria,
Refúgio do desejo morto,
Esperança extinta, e alegria,
Reatada em falso conforto.

E a lua das noites sem cor
Não mais beija a alvorada,
O oiro não brilha o amor,
É branco, e de paz desejada.

Penduram as regras certas
No núcleo de falsa verdade,
Findam as ambições incertas
A não se impor à vaidade.

A não se aplicar aos relógios
As horas por passar o tempo,
E por os fúteis necrológios
No finito do mesmo tempo.

(Poeta Dolandmay)

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