domingo, 24 de janeiro de 2010

Nos mistérios

Eu vi o Senhor a minha luz
nas entranhas da noite...
Eu vi na escuridão plena
os dias que me vestem...
Eram puros e definidos,
e em cada um eu vi o Amor
que me foge a boca santa.

Eram os dias de trás de mim
que o espelho da vida
refletiu sobre os meus olhos
que não mais enxergavam
a minha alma sob o meu corpo.

Eu vi que todos os meus dias,
de trás de mim, eram castos,
mas se fecharam, se perderam,
se odiaram e se desfizeram
por razões incrédulas, perdidas.

Como pois os Santos dizer
o que as tempestades escuras
não me disseram, ó Rei?
Como fazer que o passado
não me aflijas no resto tempo
que me faltam a tua glória?

"Fizestes chuvas a mim tanto
que tudo o que me destes
se aprofundou nas águas frias
que cairdes dos teus céus..."

Assim eu vi as respostas Dele
sobre a minha fronte amarga,
agnóstica, vil, e impetuosa...
(E eu vi os dias dos dias todos!)

(Poeta- Dolandmay)

Um comentário:

  1. Dolandmay,

    Obrigada por nos oferecer bons momentos de leitura. Seu espaço é um bom lugar para estar e ficar.

    Com carinho.
    Helena

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