sexta-feira, 17 de maio de 2013



A minha bênção

Vida nua, mariposa das noites, fria
Qual um rio corrente, sem nada,
Sem destino e desvairada,
De caminho torto... de ardentia...

Vagueando curva de pecados, fugidia
Em preces dolentes, maculada
Rompendo o sol, e desgraçada
Como as rochas vagas... de agonia...

Silêncio de bênçãos... branca alma
Arrastando saudades... sem talma
Poisando os pés descalço em dor...

Vida além... Ah, pobre vida além...
A vaguear no mundo... sem ninguém
No mendigar dum só pouco amor...

(Poeta Dolandmay)

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