terça-feira, 9 de março de 2010

O Alvo

Estranho ser, que ignora e vive,
Nada têm de alma, nem coração.
Quem é que te deste o tudo que tive?
Os céus! Tudo a fronte de mim,
A vida, tudo a intento de mim...

Lua clara, duma outrora existência,
Sol que queima sem sofrer,
Mar imenso, o espelho, a aparência.
Vai zeloso, vai viver...

Quando tu vês o infinito azul sem fim,
As flores brancas dum jardim,
Ou talvez o sangue da esperança nua,
Vai, quem sabe encontrarás a tua...

Tão nua, a rogar, por contentamento
Aos olhos de quem te tens perfeito,
E dizer sob as cálidas fendas das mãos
Que adventício tu és de esquecimento.

(Poeta- Dolandmay)

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