quarta-feira, 2 de maio de 2012



Outono

Um caminho restrito. Insatisfeito
De pecados, de amor e desejo...
Vejo nessa estrada o ardor d’um beijo,
Vejo em desalinho um sol desfeito.

E a noite, se banha em meu peito
Numa existência de conflito e de ensejo.
E o calor que sinto, e a luz que vejo,
De nada me completa o amor-perfeito.

Tempo complexo de paixão e verdade,
Donde fostes? Deixaste a saudade...
Não sei do quê! Nem da qual eu amo!

Vem outro tempo, e vem outra estrada...
E eu vejo o sol no queimar do nada;
E me vejo ao vento d’um novo outono.

(Poeta Dolandmay)

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