domingo, 18 de outubro de 2009


Tortura fria

Vivo assim, um tanto, desesperado.
Busco a sombra do sol na noite fria...
Por queimar-me a pele a luz do dia
Onde me pus o coração, desprezado!

Vivo assim, sob o mantéu enfeitado.
A devorar a minha vultosa nostalgia!...
Vê-me a lua: sou a estrela fugidia
Que o deste o clarão tetro sufocado!

Sim, eu sou o Poeta que te enfeitas,
Que não quer no mundo a tua dor.
Sou quem tu vês, no leito que deitas!

Sim, que seja em mim o teu langor...
Por devorar-te a noite que rejeitas,
Por queimar-me a pele, o teu amor!

(Poeta- Dolandmay)

Um comentário:

  1. Querido Poeta!
    Você se supera a cada poema.
    Este intitulado Tortura fria é simpleslmente maravilhoso.
    Parabéns querido AMIGO!
    Beijos.

    PS- seu blog está lindo!

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