domingo, 22 de dezembro de 2013


Abstruso, amor...

Nada do que foi um dia será de volta
Nem algum amor complexo, puro,
O que foi desejo intenso, e seguro
Que nada voltará a ser paixão revolta!

Que entendo o pescador à vara que solta...
Que ao criador das águas, impuro
Por os teus olhos de feito escuro,
Por o mar azul de fulgor a minha porta...

Que o amor nos seja honrado!
Que nada nos seja de tristeza e de pecado,
Mas de pulsar intenso ao coração!

Que então, amor, ao meu corpo,
Que não seja o seu desejo implexo, absorto,
Mas que seja eterno sem ser vão!...

(Poeta Dolandmay)

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