terça-feira, 5 de abril de 2011


ILUSÃO

Eu não quero o mundo, não amo o mundo
que se faz solitário aos meus sentidos,
aos meus amores, e aos jardins benditos
que me são fiéis, e que me são profundos...

Não quero parar, nem pensar, – oh! no fim!
que tudo poderá acabar sem reconhecer
a estrada em que eu caminho, sem perder
as ilusões que se rogam dentro de mim...

Nostálgica me é a vida, o amor me é existir;
sem saber que aos corações nunca pude
o prender, nem mesmo, com ele me iludir.

Estranho me diz a transparência: estranho!
Como é que eu verso o amor em atitude
se dentro de mim, eu apenas com ele sonho...

(Poeta Dolandmay)

Um comentário:

  1. Um lindo soneto nostálgico.
    Carregado de emoção e ternura.
    Que se flagela a alma.
    Mas não perde o encanto de sonhar com o amor.
    Amo tudo que você escreve, amo o seu coração poético.
    Um final de tarde de brilho e amor.
    Abraços da amiga, que muito te admira.

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