quarta-feira, 7 de julho de 2010


O POETA E A SAUDADE
(Errante)

Por que me enchestes de amor leve
Se tu sabias do meu peito forte?
Qual foi a razão do teu grito breve
Se na paixão não te cabia a morte?

Por que me fizeste um gosto imenso
Se qual o teu sabor não há doçura?
Se tu sabias do meu sol intenso
Por que me deixaste nessa tortura?

Nada a fizeste arder? Não há vida!
Tão vazia! Sombria e calma, solidão...
Gosto azedo d’um absorvente amor!

Onde me está ela, a ensandecida?
Por que a expulsaste do meu coração
Se sabias da amplitude de sua dor?

(Poeta Dolandmay)

Nenhum comentário:

Postar um comentário