sábado, 31 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010

LAÇOS
Tantos sentimentos me perseguem...
E nesta vida em que eu vou passando
Céus inteiros me clareiam, quando
Todos os de bom amor me seguem...
Com a voz do infinito eu vou cantando
As melodias dos que não temem,
Dos que, nos louvores, prevalecem
Nos maus das noites dispersando...
Eu anseio qual se afia prudentemente,
O que não se firma em mau intento,
Que não se deixa amar secretamente.
Pois que os sentimentos nesse mundo,
Não inquire tudo o que se vai vendo...
Mas anseia o coração, que é profundo!
(Poeta Dolandmay)
segunda-feira, 26 de julho de 2010

NAS AFLIÇÕES
Hás de cumprir as coisas que te espera,
o que Deus quer de ti; as tuas provas.
Pois apenas ganharás o céu depois do teu intento.
“Não lhe deseje a morte,
pois a morte que deseja, é para sempre.”
E haverá mais uma prova do Senhor
sobre o céu, e sobre a terra;
sobre todos aqueles que confiam Nele.
(Poeta Dolandmay)

DENTRE OS CÉUS
Dorme tão linda, parece sonhar...
Vaga ao além dos teus sentidos,
Baila os teus cabelos compridos,
E a tua alma oira, deixa descansar...
Ainda quentes e sem tormentos,
Os teus ouvidos frágeis, cansados,
Na terra ouvem os teus amados,
E teus segredos, ciciam os ventos...
Abrem as portas dos teus céus!
Quanta luz, quantos amores,
Quanto sorriso alegre, e profundo...
Dorme tão linda, sob os teus véus,
Vaga entre o jardim das flores –
No repousar tranquilo desse mundo.
(Poeta Dolandmay)
*Poema dedicado a Débora Neves*
“In jardim das flores”
sábado, 17 de julho de 2010

PALAVRAS VAGAS
Não invoques o meu silêncio,
Pois é tão incandescido quanto a ti.
Não queiras entender como eu te amo,
Pois te ordenará em confusão.
Não me faça dizer-te palavras
Se não podes suportar minhas verdades.
Não acordes a minha alma
Se não podes confortá-la.
(Deixa-me com a minha solidão...)
E se não podes com a minha paixão
Deixe o meu coração dormir,
Já que não podes suportar o meu amor!
(Poeta Dolandmay)
quinta-feira, 15 de julho de 2010

SONETO VAGO
Porque à noite me abre triste
Num frio intenso sem amor,
E nessa ardência nada existe
E me falta à pele o seu calor...
Porque a lua é sem fulgor
E sem você nada consiste,
Porque em mim tudo persiste
Na luz branca do esplendor...
Porque morrem meus encantos
E intensos são meus prantos
Na noite imensa sem luar...
Porque eu perduro a solidão,
E na dor intensa ao coração
Eu vagueio sem te encontrar...
(Poeta Dolandmay)
Porque à noite me abre triste
Num frio intenso sem amor,
E nessa ardência nada existe
E me falta à pele o seu calor...
Porque a lua é sem fulgor
E sem você nada consiste,
Porque em mim tudo persiste
Na luz branca do esplendor...
Porque morrem meus encantos
E intensos são meus prantos
Na noite imensa sem luar...
Porque eu perduro a solidão,
E na dor intensa ao coração
Eu vagueio sem te encontrar...
(Poeta Dolandmay)
quarta-feira, 7 de julho de 2010

O POETA E A SAUDADE
(Errante)
Por que me enchestes de amor leve
Se tu sabias do meu peito forte?
Qual foi a razão do teu grito breve
Se na paixão não te cabia a morte?
Por que me fizeste um gosto imenso
Se qual o teu sabor não há doçura?
Se tu sabias do meu sol intenso
Por que me deixaste nessa tortura?
Nada a fizeste arder? Não há vida!
Tão vazia! Sombria e calma, solidão...
Gosto azedo d’um absorvente amor!
Onde me está ela, a ensandecida?
Por que a expulsaste do meu coração
Se sabias da amplitude de sua dor?
(Poeta Dolandmay)
sexta-feira, 2 de julho de 2010

INSÔNIA
O dia se faz frio sob o sol intenso,
A noite sobre a luz branca se faz casta.
Tudo esplêndido, mas nada me basta,
Nada me é na alma tão imenso!
A minha sede inda é maior, insana...
Tudo me é morto, a minha lua é extinta!
O meu desejo é d’uma luz profana,
Que digna a me clarear... Não minta!
Eu amo como ninguém tem amado,
Como um maldito ser endoidado
Que tão pequeno se sente no mundo...
Quero anoitecer no calor aberto do dia,
Mas nada me faz queimar! Imensa agonia,
Esfria-me a alma num sono profundo!
(Poeta Dolandmay)

VOLIÇÃO
Que tudo o que fui e tudo o que sou
Não se perca no tempo...
Que o espelho de mim reflita a um futuro breve
Não melancólico, ou triste, ou amargo,
Mas numa doçura leve...
Que o amor que tenho não seja esquecido
Como uma flor morta sobre a terra,
Mas que o lembrem para a eternidade...
E, de mim, do meu corpo,
Que os ventos o espalhe como cinzas ao mar!
(Poeta Dolandmay)
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