sexta-feira, 14 de junho de 2013



A dor e o Poeta

Porque sofre solidão, acalentado
Por tão pouco de carinho...
Porque de peito cheio e desdenhado
Procura estrelas no caminho...

Porque perdura ilusão, condenado
Na cruz da saudade e desalinho...
Porque carpir-se de pecado
A flor de tão melhor espinho...

Porque do sol vem seu desejo
De luz-perpétua e leve... e, em vão,
O cravar do idôneo beijo...

Porque sem fulgor, n’alma espera
O amor-encanto e, paixão
Mesmo ao peito cheio que o tivera!

(Poeta Dolandmay)

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