segunda-feira, 23 de abril de 2012



Inverso

Os dias de luz me passam, condenados,
Na tranquila vida que me veem sorrir;
Ilusões de olhos negros e afortunados
Que me põem há um santo dia destruir...

Luminar, e, contudo, em versos partir!
Assim me veem os aventurados...
Na noite fria, à lua branca, desalentado,
Assim me veem os que se julgam elixir...

Que o tempo te consuma ardor! N’alma,
Que o sol te feche! E, na calma,
Que não te cerre os distúrbios de amor!

E os dias que te forem santos, sem luz,
Que abram os meus braços sobre a cruz,
Que lhes veem, oh, vida, seu esplendor!

(Poeta Dolandmay)

Nenhum comentário:

Postar um comentário